terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Garota platônica

Tinha três amores platônicos.
E todos moravam em Plutão.
O primeiro aconteceu em meados de outubro, já nas primeiras flores da "primavera". Como saberia o que era aquilo? Tristeza misturada com saudade de quem nunca tinha visto.
O segundo foi o amor das loucuras, dos grandes sonhos, do forte desejo de liberdade. Mas também o mais triste e desolador.
O terceiro, último e atual, era uma lembrança. A terna e doce lembrança de um passado esquecido por todos, menos por ela... pobre garota melancólica. Era um sonho, sonho bobo, por assim dizer, sonho infantil. Seu último amor platônico poderia ser uma brisa, ou o cheiro de chuva, ou fotos, ou lembranças...
Queria permanecer assim pra sempre, mas sentia falta da realidade.
Era uma eterna garota platônica, repleta de amores platônicos...