domingo, 3 de julho de 2011

Nostalgia

E o silêncio lhe tomou a fala. Talvez fosse melhor assim. Sem palavras e sem receios.
O mundo era tal como o via: às vezes azul, às vezes imaginário, às vezes trágico. Mas na maioria das vezes, era simplesmente sereno. Sereno e melancólico. Uma espera constante por mudança. Não. Mais que espera, era um desejo, um sonho irreal e impossível e inimaginário e fatídico.
Ah! Quantas vezes estivera preso ao passado...Buscando o quê? O trauma que o vestira? O medo que lhe consumira a alma? E se este fosse apenas um fantasma? Parecia-lhe muito mais plausível.
O fantasma da eterna esperança. Maldita caixa de Pandora.
O silêncio consumiu-lhe o tempo...